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Retomando


Se não aparecer um porquinho com grana, chame a polícia.

2012 encerra um ciclo, o fim do mundo que não acabou.

Pois, andei com uma série de problemas para resolver, afinal quem não os tem? E sei que deixei coisas pendentes, que não dependem exclusivamente de mim, mas pretendo ainda finalizá-las, pelas minhas faltas, peço-lhes desculpas.

No entanto ainda estou aqui, e salvo nada pior aconteça, estou retomando o meudinheironaoecapim, que nada mais é que um veículo de exposição, neste mundo virtual, mas feito com o interesse único de proteger o consumidor, geralmente vítima de maus comerciantes, de prestadores de serviço, de empresas que burlam a lei de defesa do consumidor.

Este blogue está aberto a todas as manifestações, dará espaço para todos aqueles que se sentirem aviltados em seus direitos e que querem expor as suas indignações e as suas desconformidades com o tratamento que recebem de quem deveria lhes prestar um bom serviço, seja na oferta de produtos, seja através de mão de obra, seja de órgãos que deveriam proteger os interesses do cidadão e não o fazem.

Comentem, tragam os seus casos e façamos disto uma ferramenta para que este possa ser o fiel da balança. Vamos expor aqueles que tentam de alguma maneira ludibriar-nos. Unamos nossas forças para cobrar publicamente qualquer espécie de negociata perpetrada contra nós consumidores.

Qualquer reclamação feita a quem quer que seja, protocolem, anotem todos os dados, dia, hora, nome do atendente, isto é de extrema importância, pois facilitará imensamente se houver litígio posteriormente. É a sua razão gravada.

Desejo-lhes um excelente 2013, o mundo ainda continua e nós estamos nele, por certo queremos que nos tratem com o devido respeito, pois o nosso dinheiro não é capim.

Boas festas, feliz ano novo.

Luciano Hypólito

Samsung, assistência técnica e Claro, antes do epílogo


A vida de consumidor neste país não é uma coisa fácil, passados 55 dias desde a entrada do aparelho de marca Samsung, modelo S3350, na assistência autorizada, não foi possível encontrar uma solução. A situação de novela passou a piada de mau gosto/tragicomédia.
Perdi a conta do número de vezes que liguei para a Samsung e também para a sua assistência, das inúmeras atendentes com quem falei neste período e não cheguei a lugar algum. Só na assistência falei com quatro atendentes diferentes (felizmente é um lugar pequeno e dá para tentar contatar sempre a mesma pessoa, mesmo assim é frustrante porque não se resolve coisa alguma) onde se inclui a gerente; que fica o tempo todo falando “ãh”, “sim”, ou murmura coisas ininteligíveis a cada meia dúzia de palavras que eu digo; o que me fez perguntar-lhe se estava falando com outra pessoa ao invés de dar-me atenção. Reparei que ela não gostou da observação, enfim.
Sem querer desmerecer o ser humano, mas lá pelas tantas você fica imaginando que o perfil de quem trabalha em call center é minuciosamente escolhido pela ausência ou pela mais completa e absoluta falta de competência. Na assistência todas as vezes que uma das atendentes ficou de me dar o retorno eu é que tive que retornar. Chegou ao cúmulo da gerente pedir para que eu falasse com o técnico. Se isto resolvesse alguma coisa teria falado com ele já de início. Já na Samsung a palavra excelência nunca foi utilizada como conceito, porque pecam pela ineficiência.
Presumo que atendentes assim, sem qualificação alguma, são contratados para que o consumidor insatisfeito acabe por desistir, justamente porque não se consegue dar continuidade na reclamação. Em uma mesma ligação você é capaz de falar com quatro pessoas, explicar a situação a cada uma delas e, ao final da explanação, lhe disser que você não está no setor pretendido e que irão transferir para o setor correto. Ah sim, reze para que a ligação não caia, porque isto geralmente acontece.
E são elas que preenchem o “sei-lá-o-que-ninguém-consegue-entender” e com isto fica extremamente complicado resolver qualquer questão. O mais absurdo é que aquilo que escrevem “no-sei-lá-onde” e que outras/outros coleguinhas utilizarão para acompanhar o seu caso, (quando por força da inoperância precisamos retornar), é considerado definitivo, acima de qualquer suspeita. Certamente eles/elas consideram que o seu colega antecessor fez um primor de relatório e ali não há margem para qualquer mal entendido. Ou seja, não há argumento seu que os convençam de que aquilo que você reclama procede, nem com reza brava.
Entendo que o consumidor deveria apenas pagar por uma coisa pelo qual adquire e que o seu maior trabalho seria apenas o de usufruir, mas nem sempre é assim, quando temos o azar de comprar algo defeituoso, passa a ser nossa a “obrigação” de elucidar o problema agregado, como se tivéssemos culpa de alguma coisa. E o calvário começa quando levamos o produto até a assistência, quando o correto seriam lhe trocar imediatamente constatado o defeito, uma vez que o seu dinheiro é recebido sem protesto algum, mas aí de você se não pagar pelo produto defeituoso. SPC, Serasa, o que for necessário para evitar o consumidor insatisfeito que não gosta de pagar pelo produto estragado. Infelizmente é assim que somos tratados, sem a mínima consideração.
Não sou um sujeito muito paciente, mas quando esta história começou procurei ser o mais cordato possível, mas à medida que o tempo ia passando a paciência também começava a se esgotar.
Para quem não acompanhou esta novela do início, segue um resumo:
Em 10 de março do corrente meu filho compra num quiosque da CLARO, um aparelho Samsung, modelo S3350 e saí da loja feliz e realizado (também fui adolescente). Em casa, na mesma noite, ele reparou que ao tentar utilizar um aplicativo, o celular travava ou reiniciava.
Levou para o lugar onde havia comprado, no dia seguinte e tentou trocar o aparelho; outros dois da mesma marca e modelo também tiveram o mesmo problema. Aí começou a minha provação. Como ele trabalha, marcamos para levar a assistência num sábado após o seguinte à compra. Até lá (dia 19 do mesmo mês) ele utilizou o aparelho por oito dias. Neste mesmo dia, depois de mais de uma hora em contato com a CLARO, consegui uma suspensão temporária, para que não lhe cobrassem fatura já que não teria mais o aparelho.
Concomitantemente, reclamei no site da Samsung, também em chat online, por telefone direto, por e-mail particular e não obtive sucesso. A assistência me pediu aproximadamente 15 dias para arrumá-lo, disseram estar sobrecarregados de serviço. Passados quase 20 dias, contataram e informaram que o aparelho fora consertado. Meu filho foi até lá, testou o aparelho e ele continuava com o problema. A coisa complicou aí. O aparelho retorna para a oficina. Eles então, convenientemente encerraram a Ordem de Serviço anterior, que deu como liquidada a operação e abriram uma nova. O que dificultou ainda mais o caso. Se com uma ocorrência eles não se entendem, com duas então dá pra imaginar a confusão que isto gera.
No dia 20/04, contatei a Samsung e falei com funcionário que depois descobri que ninguém mais o conhecia. Este funcionário fantasma, disse-me que um departamento da empresa entraria em contato entre cinco e 10 dias para o envio de um novo aparelho, pois já havia esgotado o prazo de 30 dias, o que dá direito ao consumidor o ressarcimento da compra ou a reposição de um novo. É lei! Também é só, ninguém sabe para o que serve, mas existe.
Neste meio tempo, em que espero a Samsung me ligar, contato com a assistência que informa que o aparelho está pronto. Disse-lhes que não queria mais, pois a Samsung já estava providenciando o envio de um novo. A atendente disse que entendia e ficou por isto mesmo. Passado o prazo que me pediram para esperar, ligo pra Samsung e lá me informam que o aparelho que estava na assistência já havia sido entregue, por isto não enviaram nada. Aí a minha paciência esgotou. E liguei tanto para a assistência quanto para a Samsung, e cada vez se enrolavam mais.
A assistência diz que não tem que entrar em contato com a Samsung e esta por sua vez também não se comunica com a assistência, apenas pelo sistema, que como se pode perceber, é manipulado por pessoas incapazes, incompetentes e vou parar por aqui, senão quem vai ser processado serei eu.
Hoje resolvi terminar com a questão, e mais uma vez não obtive sucesso; a Samsung pede para resolver com a assistência. A assistência que já havia informado que o aparelho estava pronto, agora diz que está esperando peças e me deram um novo protocolo. Cansei. Liguei para a CLARO que ainda não havia me indisposto e solicitei o cancelamento de contrato, depois de mais de meia hora de telefone, me informaram que isto não era possível.
Agora, depois de tentar inutilmente resolver a questão de todas as formas possíveis e imagináveis, depois de ter perdido meu tempo, de ter feito o que era possível de maneira cordial e paciente, resolvi que chega! Vou levar o caso no PROCON, no DECON e encaminhar para as pequenas causas, a Samsung, a Enter Comercial Ltda. e a CLARO. Tenho ordens de serviço, vários protocolos, e-mails trocados com a Samsung e também tenho registro de todas as ligações feitas, prova suficiente de que tentei resolver isto da maneira correta, infelizmente o call Center não me permitiu.
Vamos ver se a lei resolve.
Em tempo: na data da postagem (14/05), já com 57 dias decorridos, ligam da Samsung para que respondam um questionário de satisfação de atendimento, me dou ao trabalho de relatar para a criatura (não, criatura não é palavra de baixo calão) e ela, ao término do meu desabafo, diz que se eu quiser posso ligar para o setor de reclam….. desliguei o celular.